*A afirmação “A verdade não existe”, por si é uma mentira, pois ao fazê-la, pressupõe-se que se esteja dizendo uma verdade. Se não há verdade, então tudo é falso.
A verdade é a mais valiosa das coisas, mas não pode ser vendida ou alugada. A verdade se dá.
A verdade é a correspondência da ideia ao objeto.
Sem a verdade não existiria o intelectual e a pior mentira é a que se assemelha à verdade.
Há verbos maus: matar, roubar, difamar, mentir, etc.
A ação não tem substância, atributos dos substantivos.
Deus criou as substâncias, os substantivos, não a ação.
O dinheiro é bom, pois todos trabalham para obtê-lo.
As propriedades das pessoas são chamadas “os bens”, não “coisas más”.
Portanto, roubar é apossar-se do bem alheio. É colocar um bem menor acima de um bem maior, a Justiça.
Roubar é inverter a ordem dos bens. A inversão das ordens dos bens é um mal moral, não o mal metafísico, pois não existe nem um ente metafisicamente mau.
A realidade não é mudada ao sabor de uma ideia, mas sim, ela se impõe à nossa inteligência e ao nosso intelecto, não o contrário.
Para o mundo atual, proveniente do subjetivismo e do idealismo e do racionalismo de filósofos como Descartes, posteriormente os germânicos como Kant, Hegel et outros, é o sujeito que produz a realidade. Um absurdo.
Se fosse a ideia que produzisse a realidade, todos os doentes estariam curados. Como dialogar se cada um possui uma verdade? Não há trocas de ideias se cada um tem a sua verdade.
Foi o subjetivismo que criou esse ceticismo absoluto do mundo atual, ora transformado num hospício. Como corrigir um aluno se os próprios professores pregam que cada um deve ter a sua própria ideia da realidade?
Assim me disse o professor *Orlando Fideli (1933 – 2010). Que Deus o acolha.